Meu Captiveiro entre os Selvagens do Brasil (2ª edição)/Capítulo 17
A vigilancia contra os invasores fazia-se mais necessaria em duas épocas do anno. Uma em novembro, quando amadurecia o abati,[1] com o qual os selvagens preparam uma bebida chamada cauim, na qual costuma entrar tambem a raiz da mandioca. Quando voltam de uma guerra com prisioneiros e não é tempo de abati, conservam-nos vivos á espera da colheita, pois só os devoram se podem regar a carne dos inimigos com a apreciada bebida.
A outra época de vigilancia era em agosto, tempo da desova na foz dos rios de um peixe de nome parati. Saem então em expedições guerreiras, á conquista desse alimento, que fritam e levam para as tabas em grandes quantidades.. Outras vezes o conduzem transformado em passoca, a que chamam piracuy (farinha de peixe).
Esta obra entrou em domínio público pela lei 9610 de 1998, Título III, Art. 41.
Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.
- ↑ Milho.