da Feiticeira, n.º IV, muito desenvolvido, e contendo no seu syncretismo, os n.os 1, 6, 17 e 32, que colligimos separadamente e em differentes logares. Ralston compara esta versão com o conto The story of Sringabhuja and the Daughter of the Rákshasa, que vem no VII livro do Kathá Sarit Ságara (vol. I, p. 355-367), traducção de Tawney. Na versão do Algarve cita-se uma noz dentro da qual cabe o lenço bordado para a rainha; Gubernatis, diz: «A noz que esconde a fazenda de que se faz o vestido do noivado para a esposa do principe solar, a Aurora, parece ser propriamente a lua. Por influencia d'ella a donzella perseguida escapa ao poder magico da mãe-bruxa e apresenta-se vestida com vestes esplendidas na festa do principe. O vestido luminoso, imagem do céo, é tão tenue, tão subtil, que pode desdobrar-se sem fim.» (Myth. des Plantes, t. I, p. 145.)
2. O velho Querecas. — Áparte os episodios communs a muitos contos, é este uma das fórmas do mytho de Psyche. Gubernatis, na Mythologie zoologique (t. I, p. 437), traz uma variante d'este conto colligida em Fucecchio, na Toscana, em que o desencantamento do principe é devido á coragem da donzella. As circumstancias episodicas divergem e pertencem a outro cyclo novellesco. Um conto colligido em Cosenza, na Calabria, por Greco, traz o episodio do ruido nocturno, do pingo de cêra que acorda o mancebo, e do novello que deve guiar a menina á busca do amante. (Gubernatis, op. cit., t. II, p. 301,
nota 2.) Estas uniões mysteriosas acham-se ainda com caracter mythico, no Harivansa, entre Urvasi e Pururavas, e no Mahâbahratta, entre Çantana e a nympha das aguas; na lenda grega de Psyche, Eros desapparece, quando acorda por causa do pingo de azeite que cahiu da lampada a cuja luz foi visto. Brueyre, nos Contes populaires de la Grande Bretagne, p. 183, cita contos pertencentes a este cyclo na collecção sueca de Cavallius e