Autor:Ricardo Reis
Aspeto
Ricardo Reis (1887 - 1935) é um dos três heterónimos mais conhecidos de Fernando Pessoa. Nascido na cidade do Porto, estudou num colégio de jesuítas, formou-se em medicina e, por ser monárquico, expatriou-se espontaneamente desde 1919, indo viver para Brasil. Era latinista e semi-helenista.
Poemas
[editar]- Seguro assento na coluna firme
- As rosas amo dos jardins de Adónis
- O mar jaz; gemem em segredo os ventos
- Não consentem os deuses mais que a vida
- Como se cada beijo
- O ritmo antigo que há em pés descalços
- Ponho na altiva mente o fixo esforço
- Quão breve tempo é a mais longa vida
- Coroai-me de rosas
- Melhor destino que o de conhecer-se
- Temo, Lídia, o destino. Nada é certo
- A flor que és, não a que dás, eu quero
- Olho os campos, Neera
- De novo traz as aparentes novas
- Este, seu scasso campo ora lavrando
- Tuas, não minhas, teço estas grinaldas
- Não queiras, Lídia, edificar no spaço
- Saudoso já deste verão que vejo
- Prazer, mas devagar
- Cuidas, ínvio, que cumpres, apertando
Outros
[editar]- A abelha que voando
- A cada qual
- Acima da verdade
- Aguardo
- Aqui, dizeis, na cova a que me abeiro
- Aqui, Neera, longe
- Aqui, neste misérrimo desterro
- Ao longe os montes têm neve ao sol
- Aos Deuses
- Antes de Nós
- Anjos ou deuses, sempre nós tivemos
- A palidez do dia
- Atrás não torna
- A nada imploram
- Azuis os montes
- Bocas roxas
- Breve o dia
- Cada coisa
- Cada dia sem gozo não foi teu
- Cada um
- Da lâmpada
- Da nossa semelhança
- De Apolo
- Deixemos, Lídia
- Dia após dia
- Do que quero
- Domina ou cala
- Estás só. Ninguém o sabe
- É tão suave
- Feliz aquele
- Felizes
- Flores
- Frutos
- Gozo sonhado
- Inglória
- Já sobre a fronte
- Lenta, descansa
- Lídia
- Mestre
- Meu gesto
- Nada fica
- Não a Ti, Cristo, odeio ou te não quero
- Não a Ti, Cristo, odeio ou menosprezo
- Não canto
- Não quero as oferendas
- Não quero, Cloe, teu amor, que oprime
- Não quero recordar nem conhecer-me
- Não só vinho
- Não só quem nos odeia ou nos inveja
- Não sei de quem recordo meu passado
- Não sei se é amor que tens, ou amor que finges
- Não tenhas
- Nem da erva
- Negue-me tudo a sorte, menos vê-la
- Ninguém a outro ama, senão que ama
- Ninguém, na vasta selva religiosa
- No breve número
- No ciclo eterno
- No magno dia
- No mundo, só comigo, me deixaram
- Nos altos ramos
- Nunca
- Ouvi contar que outrora
- O que sentimos
- Os deuses e os Messias
- O deus Pã
- Os deuses
- O sono é bom
- O rastro breve
- Para os deuses
- Para ser grande, sê inteiro: nada
- Pesa o decreto
- Pois que nada que dure, ou que, durando
- Prefiro rosas
- Quanta tristeza
- Quando, Lídia
- Quanto faças, supremamente faze
- Quem diz ao dia, dura! e à treva, acaba!
- Quer pouco
- Quero dos deuses
- Quero ignorado
- Rasteja mole pelos campos ermos
- Sábio
- Segue o teu destino
- Se recordo
- Severo narro
- Sereno aguarda
- Sim
- Só o ter
- Só esta liberdade
- Sofro, Lídia
- Solene passa
- Se a cada coisa
- Sob a leve tutela
- Súbdito inútil
- Tão cedo passa tudo quanto passa!
- Tão cedo
- Tênue
- Tirem-me os deuses
- Tudo, desde ermos astros afastados
- Tudo que cessa
- Uma após uma
- Uns
- Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio
- Vem sentar-te comigo, Lídia
- Vivem em nós inúmeros
- Vive sem horas
- Vós que, crentes
- Vossa formosa